Quais são as doenças mais comuns em animais domésticos? Aqui você irá aprender quais são elas para que você consiga propor o melhor tratamento de acordo com cada caso.
Quando estamos doentes, precisamos contar o que estamos sentindo para que o médico faça o nosso diagnóstico. Já com os pets o processo é bem diferente, visto que eles não conseguem demonstrar de onde vem o seu desconforto.
Quando surgem casos de animais doméstico em uma clínica, o profissional veterinário precisa estar atento à qualquer tipo de variação no comportamento do animal para conferir um diagnóstico preciso ao paciente. Nesse artigo abordaremos as principais doenças em animais domésticos para que você consiga o apoio para um diagnóstico concreto no seu dia a dia clínico.
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1. Depressão
A depressão não é uma doença reservada apenas para os seres humanos, os animais também podem sofrer com ela. Ainda faltam trabalhos que expliquem sobre o que, de fato, acontece no cérebro do pet, mas alguns apresentam um quadro muito similar à depressão dos seres humanos.
Embora sejam menos comuns em gatos, eles também poderão sofrer com esse quadro. Nesse tipo de situação, o pet passa à recusar comida e brincadeiras, mudando de comportamento drasticamente. Outro sintoma dessa doença é a angústia do animal, que é sinalizada pela mania de se lamber freneticamente. Em alguns casos, o cão pode criar feridas graves nas patas. Já os felinos acabam machucando o dorso devido essa compulsão.
Geralmente, a causa para a depressão do pet poderão ser grandes mudanças, solidão ou separações. Para prevenir e tratar a depressão o mais indicado é levar o animal para passear com frequência — será o melhor remédio, acredite. Além dos inúmeros benefícios da atividade física, o pet se sentirá mais próximo à você.
2. Obesidade
O segundo quadro das doenças mais comuns em animais domésticos é a obesidade. A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gorduras resultante do balanço energético do animal, podendo existir raças de cães e gatos mais propensas à essa doença.
Os animais com excesso de peso são grandes candidatos a ter níveis de colesterol e triglicérides elevados, que futuramente poderão ocasionar em diversos problemas, entre eles convulsões, paralisia, até danos nos olhos e em casos mais graves, diabete e doenças articulares.
Para prevenir esse quadro, o dono deve comprar ração de boa qualidade, levando em consideração a idade e o grau de atividade do animal. É importante também instruir o dono para que não ofereça comida fora do horário das refeições, que evite dar petiscos em excesso e estimule atividades físicas sempre que possível.
Para que você possa identificar se o pet está com obesidade, é bem simples, basta olhar para ele. Observe seu fôlego e se apresenta sede excessiva seguido da urina quase transparente. Um método de diagnóstico comumente utilizado é a inspeção e palpação do animal, se você tocar as costelas do pet e as mesmas não estiverem visíveis, é sinal que ele está acima do peso.
Alguns tratamentos para controlar a obesidade do pet são programas de emagrecimento com plano nutricional, exercícios físicos diários, monitoramento metabólico, hormonal e acompanhamento veterinário.
3. Alergia alimentar
A alergia alimentar é a resposta imunológica exagerada do organismo à determinada substância presente nos alimentos. As principais causas são aditivos, conservantes e outras substâncias químicas usadas em rações industrializadas. Em outros casos, a alergia pode surgir proveniente de proteínas da carne bovina, desencadeando as mesmas reações.
Os sinais clínicos mais comuns nessa situação são coceiras, vermelhidões e descamações da pele por lesões causadas pelas unhas do animal. Para prevenir esse tipo de situação, evite comprar rações de qualidade duvidosa. Elas podem conter na sua composição corante, que além de provocar alergias, também poderá prejudicar a absorção de nutrientes pelo organismo. Outra forma de prevenção é não dar banhos em excesso, isso irá retirar a oleosidade natural que protege a pele dos animais. Por fim, outra maneira de prevenir é trocar o comedouro de plástico, o qual também pode desencadear uma alergia. O alumínio não traz esse risco, opte por ele.
4. Erliquiose (doença do carrapato)
A erliquiose é uma infecção grave transmitida por carrapatos portadores de bactérias do gênero ehrlichia. A proliferação ocorre quando o carrapato ingere o sangue de animais doentes e transmite essa bactéria ao parasitar em cães e gatos.
Os problemas que podem ser desencadeados por essa doença podem ser anemia, hemorragia, insuficiência renal, inflamações oculares e alterações neurológicas e de comportamento. Essa doença, quando não tratada, pode levar o animal à morte.
Os principais sintomas são febre, tosse, vômito, diarreia, depressão, hematomas, perda de apetite, anemia e dificuldade de respirar. O diagnóstico da doença se dá por meio de exames sorológicos ou de DNA. Para prevenir a doença do carrapato será necessário fazer uma aplicação mensal de remédios para ectoparasitas, que impedirão essa infestação.
5. Insuficiência renal
A insuficiência renal é a mudança da capacidade de filtragem dos rins, o que provoca a retenção de ureia e creatinina no sangue e na eliminação de água, proteínas e vitaminas importantes pela urina.
Os sintomas mais comuns que podem aparecer são o rápida perda de peso, ausência de apetite e o excesso de sede. Outros sintomas da doença são vômitos e diarréia, alguns animais podem até desenvolver anemia.
O diagnóstico se dá por meio de exames laboratoriais de sangue e urina, ultrassom e em alguns casos radiografias especiais. É importante ressaltar para o dono do pet que o agravamento desse quadro poderá provocar infecções do trato urinário, úlcera na boca e no estômago, além da pressão alta que leva à cegueira.
Em suma, esperamos que o nosso conteúdo traga o suporte necessário para oferecer um diagnóstico preciso aos seus pacientes, porém, se você busca um guia para qualquer eventualidade que possa vir a ocorrer no seu dia a dia clínico, acesse a nosso site. Lá você terá acesso à livros didáticos de todas as áreas da medicina Veterinária.
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